As minas programam: encontro debate acesso das negras à tecnologia

Denise Mota
Debate na Vila Madalena propõe reflexão sobre gênero, etnia e tecnologia  (Divulgação)
Debate na Vila Madalena propõe reflexão sobre gênero, etnia e tecnologia (Divulgação)

Quando se pensa em um profissional ativo no mercado de trabalho relacionado à tecnologia, a primeira imagem que geralmente se projeta não é a de uma mulher negra. Nem a segunda. Nem a terceira. A desconstrução do estereótipo de carreira relacionado às negras é um dos objetivos do projeto Minas Programam.

Trata-se de um grupo de mulheres que vêm promovendo atividades como introdução à programação para adolescentes e adultas. As oficinas geram encontros, desabafos, reflexões, e a conversa vai ganhar uma dimensão maior na próxima terça-feira, 23, quando as minas realizam um debate gratuito no Hacklab, em São Paulo.

“Começamos a sentir a importância de trazer mais meninas negras e periféricas para o universo da tecnologia. Muitas das garotas que participavam das nossas atividades nem sequer contemplavam uma carreira com tecnologia. É um momento de reflexão sobre como e por que as mulheres negras acabaram excluídas desse mercado”, conta ao blog Bárbara Paes, uma das integrantes do projeto.

As convidadas do encontro são Maria Rita Casagrande (Blogueiras Negras), Buh D’Angelo (InfoPreta), Camilla Gomes (MariaLab) e Cristiane de Paula (Núcleo de Consciência Negra da USP). Elas vão compartilhar experiências e abordar como machismo e racismo afetam o envolvimento com a tecnologia.

Não ficará fora do radar das minas a violência contra mulheres negras na internet.


#MinasProgramam: Negras e Tecnologia

23 de agosto, 19h

HackLab: rua Engenheiro Francisco Azevedo, 216, Vila Madalena, São Paulo

O debate é grátis e não é necessário fazer inscrição