“Mãe Preta” articula passado e presente no Rio

Os elos e os ecos da história no nosso cotidiano alimentam a reflexão das artistas e pesquisadoras Isabel Löfgren e Patricia Gouvêa, que até o final de setembro apresentam no Rio “Mãe Preta”, exposição que tem como base as imagens das amas-de-leite negras de meados do século XIX ao início do século XX.

Obra da exposição "Mãe Preta". em cartaz no Rio (Fernando Frazão/Agência Brasil/Fotos Públicas)
Obra da exposição “Mãe Preta”, em cartaz no Rio (Fernando Frazão/Agência Brasil/Fotos Públicas)

Na mostra, elas intervêm sobre registros clássicos do Brasil para enfatizar a onipresença das mulheres negras com bebês próprios e alheios, sua invisibilização, os desafios sociais que as negras ainda precisam enfrentar e superar.

Da maternidade emoldurada pelos ditames da escravidão ao cotidiano das afrodescendentes, a exposição –que tem curadoria de Marco Antonio Teobaldo— foi concebida para o Instituto de Pesquisa e Memória dos Pretos Novos, na Gamboa. No local se encontra o Sítio Arqueológico do Cemitério dos Pretos Novos, onde milhares de africanos escravizados foram enterrados na primeira metade do século XIX.

Mãe Preta – Memória da escravidão, maternidade e feminismo                                   Galeria Pretos Novos de Arte Contemporânea
R. Pedro Ernesto, 32/34, Gamboa, Rio de Janeiro, tel. (21) 2516-7089
Até 25 de setembro; de 3ª a 6ª, das 13h às 19h, sáb., das 10h às 13h