“Lemonade”, o sexto álbum de Beyoncé, está nas ruas há seis meses, mas não para de dar origem a subprodutos que refletem o poder simbólico da cantora e/ou a eficiência do seu marketing.

O mais inusitado desses filhotes é um curso que acaba de ter início na Universidade do Texas em Austin. Intitulado “Mulheres Negras, Beyoncé & Cultura Popular”, trata-se de um semestre de análise do projeto audiovisual da norte-americana (o que inclui o disco e os clipes que concebeu como uma série de episódios de uma única narrativa sobre distintos sentimentos humanos) e das discussões que oferece a respeito do “feminismo negro”.

Na proposta, com aulas três vezes por semana, a docente responsável pela atividade, Kinitra Brooks, descreve o trabalho de Beyoncé como um “movimento” e uma “meditação sobre a condição feminina e negra contemporânea”.

Apesar do conteúdo aparentemente leve –o programa começa com o clipe de “Formation” e termina com “All Night”–, Brooks adverte os interessados sobre a “dureza” do programa. “Espero que meus alunos cheguem ávidos de conhecimento e abertos a novas teorias sobre raça e gênero na cultura popular.”

Com uma abordagem mais ampla, a Universidade Rutgers oferece desde 2010 o curso “Politização de Beyoncé”. E, fora das fronteiras dos EUA, a Universidade de Waterloo, no Canadá, se soma à reflexão sobre a artista pop, ao ter Beyoncé como centro do curso “Gênero e Performance”.

A boneca

No ambiente mais popular das redes sociais, a norte-americana também é protagonista de uma misteriosa conta no Instagram, chamada de “barbiebeyoncelife” (a vida da Barbie Beyoncé), onde uma boneca feita à sua imagem e semelhança “faz posts” de cenas de clipes, de momentos de backstage e de sua vida particular.

Beyoncé já havia sido retratada como uma boneca da linha Barbie em 2005, mas a atual versão –muito mais realista– não foi reivindicada pela Mattel, a fabricante do clássico brinquedo, e sua autoria é desconhecida.

Com 18 posts, a conta já tem quase 7 mil seguidores.