Oprah Winfrey fala de peso e autoestima em livro de receitas

Aos 62 anos, a empresária, atriz, produtora e apresentadora de TV Oprah Winfrey é a “mulher afro-americana mais rica do século 20”, epíteto que a acompanha aonde quer que vá nos EUA, por conta de uma fortuna estimada em US$ 2,8 bilhões (R$ 8,9 bilhões), de acordo com a “Forbes”. Acostumada a levar à sua sala de estar eletrônica as mais rutilantes celebridades do planeta e histórias de superação que ajudaram a transformá-la em uma espécie de guru para muitas mulheres negras do seu país, a norte-americana acaba de lançar mais um produto da sua inesgotável fonte de empreendimentos.

Trata-se de “Food, Health and Happiness” (Comida, saúde e felicidade), livro em que ensina como preparar 115 pratos que aliam sabor a –ela jura—praticidade na execução e baixas calorias. A publicação é resultado da participação de diversos chefs que elaboraram acepipes à medida das novas preferências alimentícias de Oprah, já que ela integra um programa de emagrecimento dos Vigilantes do Peso, empresa da qual é proprietária de 10% das ações desde o final de 2015. De lá para cá, já emagreceu 19 kg.

O livro de receitas da apresentadora de TV norte-americana Oprah Winfrey, lançado este mês (Divulgação)
O livro de receitas da apresentadora de TV norte-americana Oprah Winfrey, lançado este mês (Divulgação)

O efeito sanfona, com a perda –e o ganho posterior– de peso após inúmeras dietas, acompanha a trajetória da norte-americana. Por isso, ao lado das sugestões gastronômicas, ela oferece pitadas de reminiscências de momentos pessoais e profissionais marcantes.

Em sua estreia em rede nacional, por exemplo, no “Tonight Show”, Joan Rivers lhe perguntou “como havia ganhado tantos quilos”. “O tempo todo só fiquei lá sorrindo mansamente, querendo desesperadamente me arrastar para debaixo da poltrona”, conta a apresentadora no livro.

Depois disso e uma vez mais, a sucessão de dietas mirabolantes tomou conta da rotina, algo que não teve fim até que alcançasse “107,5 kg profundamente frustrantes”. “Se você me perguntasse por que eu comia”, prossegue, “ eu daria uma risada forçada e diria que era porque amava comer”. A causa real, ela afirma, era a busca de afeto e a necessidade de autoaceitação. “Acho que Bruce Springsteen tinha razão: ´Todo o mundo tem um coração faminto`.”

Nessa mesma linha, ao defender que “sopa é amor”, ela também conta, por exemplo, como, aos seis (“ou oito, ou nove”) anos, depois de ver “Lassie” religiosamente “todos os domingos às sete da noite”, esperava que a mãe aparecesse com “uma grande tigela de sopa Campbell´s” e confirmasse que sua vida “seria perfeita e que todos seriam felizes para sempre”.

“Food, Health and Happiness” (Flatiron Books).
À venda pela internet (US$ 21)