Um dia após a estreia de “Homecoming”, documentário dirigido e produzido por Beyoncé que mostra os bastidores e o show que apresentou no festival Coachella, no ano passado, a ex-primeira dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, elogiou a artista pelo retrato e pela crítica que faz, em seu espetáculo, da situação social das mulheres negras nos EUA e por como trata da história dos afrodescendentes no país.

Em uma mensagem que postou no Twitter, de pouco menos de um minuto, e em que usou algumas das palavras que compõem títulos de hits da cantora (como “Flawless” – impecável – ou “Run the World” – liderar o mundo, em inglês), Michelle se disse “orgulhosa” de Beyoncé por ilustrar a construção do seu concerto a partir de citações de líderes, poetas e pensadores negros que possibilitaram o surgimento de mulheres como elas. Ao final, pede a Beyoncé que “continue a dizer a verdade, porque ninguém pode fazer isso como você”.

“Homecoming” é um documentário de 2h10, na Netflix, que traz a histórica apresentação da artista norte-americana no Coachella – ela foi a primeira mulher negra a ser headliner do icônico festival de música californiano – e também o processo de recuperação de Beyoncé após dar à luz gêmeos, depois de um parto com complicações e de uma gestação que a fez chegar aos “cem quilos”, como conta.

Perfil na “Time”

Os elogios são mútuos. Beyoncé assina o perfil de Michelle na “Time”, dentro da lista das cem personalidades mais influentes de 2019, difundida esta semana.

As duas se conhecem desde 2009, no alvorecer da primeira gestão de Barack Obama. A cantora também é mencionada no livro da ex-primeira dama, “Minha História”, lançado no fim do ano passado.

Elencada na categoria “Ícones” da lista da “Time”, a advogada de Chicago, aos olhos da diva pop, surge como uma pessoa a quem “amar não era bem uma escolha. Era algo que acontecia naturalmente (…), uma mulher cálida, segura, com uma calma reconfortante”, escreve.

“Agradeço o fato de que minhas filhas e meu filho vivam em um mundo em que Michelle Obama brilha como um farol de esperança, que nos inspira a fazer coisas melhores e a ser melhores.”