Do 13 (de maio) ao 20 (de novembro): 6 meses de reflexões negras no Sesc SP

As efemérides guardam em si um paradoxo: disciplinam a memória e mantêm a vigência de discussões importantes, mas também concentram em um só momento debates que continuam urgentes nos outros 364 dias em que voltam a habitar a margem.

O ciclo “Do 13 ao 20 – (Re)Existência do Povo Negro” une duas dessas datas – o 13 de Maio e o 20 de Novembro – para propor uma série de encontros, durante seis meses, em que o dia da “abolição da escravatura”, como se aprende na escola, e o Dia da Consciência Negra servem de marco. “O grupo que fez a proposta estava preocupado com o fato de que as ações na área se concentravam em maio e novembro, deixando o restante do ano descoberto. Então a ideia era corrigir essa distorção, propondo atividades sobre relações raciais, cultura africana e afrobrasileira ao longo de todos esses meses, e a intenção é que seja uma ação permanente”, explica ao blog Dulce Lima, técnica do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc.

Osvaldo Pereira, um dos pioneiros do samba-rock, que estará no ciclo (Divulgação/Felipe Larozza)

Dentro do Programa Diversidade Cultural da instituição, as iniciativas no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc começam hoje (7), com o tema “É o samba-rock, meu irmão!: Samba-rock como patrimônio imaterial paulista”. Entre os convidados para tratar do assunto, estão o cantor Luís Vagner, o DJ Osvaldo Pereira e o baterista Américo Rodrigues, pioneiros do estilo musical.

A partir daí, se desenrolam aulas de dança no estilo samba-rock, projeções de filme (como o documentário “No gargalo do samba”, dia 11.5), presenças de mais figuras icônicas do ritmo, como Nereu Gargalo (Trio Mocotó) e Geovana, e debates sobre temas como “As políticas de igualdade racial nos EUA e no Brasil”, entre outras muitas atividades.

Veja a programação completa de maio e junho, preços e como se inscrever.

Do 13 ao 20 (Re)Existência do Povo Negro
Centro de Pesquisa e Formação do Sesc – r. Dr. Plínio Barreto, 285, 4o andar, tel. 3254-5600, centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br
Recomendação etária: 16 anos
Tradução em libras disponível (solicitações devem ser feitas com no mínimo dois dias de antecedência)