Tamboreiras do mundo, uni-vos!
Percussionistas da América Latina e da África se reúnem a partir desta quinta-feira (9) no Malta – Encontro de Redes. Malta é a sigla para Mulheres da América Latina Reunidas pelo Tambor, e o projeto tem por objetivo aproximar instrumentistas, criar e potenciar redes, e fornecer condições para que amantes do tambor possam se aprimorar a partir da troca de saberes.
O evento, que vai até 29 de setembro, terá a participação virtual de artistas de sete países e se desdobra em diversas atividades para fomentar essa variedade de objetivos: uma plataforma de mapeamento de tamboreiras pelo mundo, um ciclo de entrevistas, nove workshops, videoconferência e bate-papo coletivo.
A iniciativa nasceu em 2016 e, além de ações no Brasil, percorreu Argentina e Colômbia na busca por conectar mulheres ao redor da prática do toque do tambor como forma de expressão, resgate e renovação de ancestralidades, proposta pedagógica e também ferramenta de transformação pessoal e social.
Nesta edição 2021, o Malta se amplia e estende a rede em formato digital. Do encontro, participam 14 instrumentistas de Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai e Ruanda.
O ciclo tem início com uma série de conversas no Instagram, em que as convidadas contam seus projetos e experiências. Percussão afro-cubana, candombe uruguaio, congados e moçambiques mineiros, arte-educação e batuque, uso do corpo, percussão baiana, ritmos e instrumentos artesanais colombianos, percussão chilena, criações etno-musicais argentinas darão o tom dos bate-papos, sob as bênçãos da ruandesa Odile Gakire.
Referência do tambor e madrinha do encontro este ano, Gakire (ou Kiki, como prefere ser chamada) fundou o primeiro grupo profissional de mulheres em um país onde elas estavam proibidas de tocar o instrumento. A multiartista falará sobre sua trajetória em um webinar no dia 25.
Outro eixo do evento é, através de workshops, compartilhar conhecimentos sobre práticas e mercados, para gerar oportunidades de formação e inserção profissional a mulheres que constroem, tocam e criam com o tambor. A partir do dia 10, as oficinas acontecerão pelo Zoom, para participantes inscritas, mas também terão transmissão aberta para o público em geral no YouTube.
Na programação das aulas, estão canto rítmico ancestral africano, tambores do Caribe colombiano, percussão afro-peruana, consciência do “corpo-voz”, histórias e ritmos vinculados às origens do cajón, percussão baiana, pandeiro e “cueca” chilenos, tambor mineiro, a tradição uruguaia do candombe e percussão de ritmos argentinos como baguala, vidala e chacarera.
Veja a programação completa aqui
Malta – Encontro de Redes
De 9 a 29 de setembro
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